O Ministério Público Federal (MPF) promoveu reunião com representantes da Secretaria Nacional de Aquicultura e do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) para tratar sobre o fomento de atividade econômica para as pessoas que dependem da Lagoa Mundaú, em Maceió (AL).
A reunião se deu no âmbito do “Fórum As Lagoas: em Defesa do Celmm”, coordenado pelos procuradores da República Juliana Câmara e Lucas Horta, do núcleo de Meio Ambiente do MPF em Alagoas.
O encontro atendeu a pedido da Secretaria Nacional de Aquicultura do Ministério da Pesca e Aquicultura, com o intuito de conhecer a atuação do MPF em defesa do Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba (Celmm) e compartilhar o interesse em implantar medidas de fomento à economia popular e desenvolvimento sustentável da região por meio da aquicultura do sururu.
Para tanto, o IABS apresentou o projeto já implantado “Ecossistema de Inovação Socioambiental da Lagoa Mundaú”, localizada no bairro do Vergel do Lago, em Maceió, por meio do beneficiamento de conchas de sururu, que é patrimônio imaterial de Alagoas e abundante na Lagoa Mundaú.
A iniciativa é desenvolvida pelo IABS junto com a comunidade local, desde 2017, transformando as conchas do molusco, em produtos premiados, de design único e alto valor agregado, ao mesmo tempo que gera alternativa de trabalho e renda para as marisqueiras. Além de dar destinação sustentável para toneladas de resíduos que poluiriam diretamente o meio ambiente se não fossem tratados.
Após informações sobre o fórum As-Lagoas, os representantes foram convidados a participarem das reuniões temáticas previstas para serem retomadas já na próxima semana e assim compartilharem suas experiências, bem como suas contribuições para as comunidades lagunar.
“Essa iniciativa que vocês trouxeram é um estímulo para o fórum As-Lagoas, é justamente o que buscamos fomentar a partir das reuniões e das proposições de ideias para serem aplicadas nas comunidades das lagoas”, comentou a procuradora da República Juliana Câmara.
Para Lucas Horta, “o interesse dessas instituições pela nossa atuação no âmbito do Celmm demonstra que estão realmente imbuídos do propósito de contribuir. A vinda deles para o fórum tende a dar novo ânimo para todos nós que, junto com os demais técnicos dos diversos órgãos participantes, estamos nos dedicando a encontrar alternativas em defesa das lagoas e das comunidades que dependem delas”, destacou o procurador da República.
Ascom MPF