A deputada Jó Pereira (PSDB) trouxe ao Plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas, na sessão desta terça-feira (16), importantes temas, a exemplo da necessidade de investimentos na saúde e no turismo, do enfrentamento à violência contra as mulheres, diante de mais um crime tendo como vítima uma motorista de aplicativo, e do repúdio à violência política, que voltou ao centro dos debates depois que o senador Rodrigo Cunha (União) foi agredido durante um jogo do ASA, em Arapiraca, no Dia dos Pais.
Inicialmente, em aparte ao pronunciamento do deputado Inácio Loiola nas áreas de turismo e saúde, Jó discorreu sobre a importância do turismo estratégico para o desenvolvimento econômico e geral de Alagoas. “É preciso criar e promover roteiros, destinos, não só em municípios isolados. E isso não foi feito pelo governo passado, nem o governo-tampão promoveu como deveria o turismo em Alagoas”.
Jó lamentou o posicionamento do colega sobre o desempenho da gestão Paulo Dantas, principalmente em relação à saúde. “Qualquer governo precisa promover a atenção básica, a média e a alta complexidade, priorizando não o apoiador político, mas o cidadão”, frisou, lembrando que obras na área da saúde foram entregues incompletas pelo ex-governador Renan Filho, a exemplo do Hospital da Criança. A deputada também refutou a afirmação, feita por Loiola, da facilidade de acesso ao atual secretário de Estado da Saúde. “É fácil para vossas excelências, que compõem a bancada do governador-tampão, mas precisa ser fácil para todos, porque política pública de Estado não é favor, é direito”.
“Lamento o que vem acontecendo com a saúde em Alagoas. Precisamos inaugurar o acesso dos alagoanos à saúde de qualidade e não obras de cimento, sem o serviço adequado. Torço para um dia ver a Alagoas da propaganda na vida real dos alagoanos e alagoanas”, prosseguiu.
Durante a sessão, Jó Pereira e Davi Maia foram os únicos a votarem contra o Projeto de Lei - aprovado hoje em segunda votação - 792/2022, oriundo do Poder Judiciário, que institui a Licença-Prêmio remunerada e retroativa a juízes e desembargadores.
Jó registrou seu voto contrário, lembrando que já existe posicionamentos no STF dizendo que o rol de benefícios para a magistratura é aquele previsto na Lei de Organização da Magistratura, não estando a licença-prêmio neste rol. “Além disso, temos no Judiciário cerca de 20 dias de recesso por ano, férias de 60 dias e agora, com esse projeto de lei, aprovaremos mais 60 dias de férias, de três em três anos, inclusive com a possibilidade de ‘venda’, com efeitos retroativos desde a posse de cada membro do Judiciário”.
Ascom ALE