Na última segunda-feira (9), representantes do Ministério Público Federal (MPF), acompanhado de representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), realizou visita técnica à Estação Ecológica (Esec) de Murici, a fim de melhor compreender especificidades do local e dificuldades para proteção da reserva. A maior parte da Esec está no município de Murici, mas compreende também uma pequena parte de Messias e Flexeiras, todos municípios da Zona da Mata alagoana.
Com o objetivo de melhor instruir o procedimento preparatório nº 1.11.000.000342/2021-23, a procuradora da República Juliana Câmara, acompanhada pelo presidente do ICMBio, coronel Fernando Lorencini, e do procurador-chefe da autarquia, Dilermando Gomes de Alencar - além de técnicos do MPF e do órgão ambiental vindos de Brasília - estiveram no local para conhecer a reserva e verificar principais preocupações para sua preservação, especialmente quanto à atuação do ICMBio.
O órgão tem atuado firmemente no combate à caça de animais silvestres e na preservação da mata atlântica, apesar das diversas propriedades privadas que existem no local e que são anteriores à criação da Estação Ecológica (em 2001). O MPF acompanhou também a análise dos técnicos do ICMBio que vieram de Brasília especialmente para esta visita.
Após percurso que adentrou parte da reserva, todos visitaram a sede do ICMBio na cidade de Murici (AL) e seguiram para reunião técnica na sede da Procuradoria da República em Alagoas, na capital.
Fernando Lorencini ficou muito impressionado com o potencial da reserva e afirmou que o Instituto realizará estudos mais aprofundados para dar início à regularização fundiária de pelo menos uma parte dela, bem como a construção de uma nova sede em campo – ou melhorias para a atual sede urbana do ICMBio.
Para a procuradora da República Juliana Câmara, “a visita foi muito proveitosa, pois pudemos verificar a realidade e detalhes que às vezes não ficam claros nos trâmites administrativos e judiciais dos processos. A dedicação do ICMBio é realmente muito intensa na Esec e vimos que ainda há mais possibilidades, especialmente quanto à educação ambiental na região”.
Ascom MPF/AL