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Maceió, AL
Com o objetivo de promover boas práticas no ambiente de trabalho, o poder público alagoano somou forças para lançar a campanha “Assédio Não”. A iniciativa é fruto de parceria entre o Ministério Público de Alagoas, o Poder Executivo Estadual, o Sistema de Justiça e a Associação dos Municípios Alagoanos. O lançamento da campanha ocorreu nesta terça-feira, 2 de maio, data em que se comemora nacionalmente o Dia de Combate ao Assédio Moral.
“Essa campanha nasceu primeiramente no ambiente interno do MP com o objetivo de conscientizar e criar um clima favorável para que possíveis vítimas tivessem coragem de denunciar. Esse ano decidimos ampliar a campanha, trazendo todo o Sistema de Justiça, o Poder executivo e a AMA. Com isso, buscamos fazer com que o cidadão alagoano se sinta seguro em denunciar quando for vítima de conduta que represente assédio moral ou sexual”, pondera o subprocurador-geral Administrativo-Institucional, Lean Araújo.
Participam da iniciativa o Ministério Público de Alagoas, o Governo do Estado de Alagoas, o Tribunal de Justiça de Alagoas, a Defensoria Pública do Estado de Alagoas, a Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Alagoas, o Tribunal Regional Eleitoral, o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, o Tribunal Regional do Trabalho e a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).
Campanha
A diretora de Comunicação do Ministério Público, Janaina Ribeiro, explica que inicialmente a campanha havia sido lançada em setembro do ano passado, contando apenas com divulgação interna através da distribuição de panfletos, cartilha e mousepads. Dada a relevância do tema, o MP decidiu ampliar o projeto por meio de parceria com outros órgãos públicos alagoanos. Além do material que já vinha sendo disponibilizado, a nova fase da campanha passará a contar com comerciais de rádio e TV, postagens nas redes sociais, entre outras ações.
“A proposta no lançamento dessa campanha conjunta foi trazer várias instituições para fortalecer a mensagem de combate ao assédio. Nós convidamos todo o Sistema de Justiça, a AMA e o Governo do Estado para que dessa forma a campanha consiga chegar aos 102 municípios alagoanos. Com essas instituições atuando de forma conjunta, esperamos que a nossa mensagem se estenda e se amplie. São vários canais de comunicação ao mesmo tempo falando sobre o assunto”, explica a diretora de Comunicação do MP.
Parceria
O Subsecretário de Estado da Comunicação, Wendel Palhares, acredita que a parceria entre as instituições públicas vem no sentido de reforçar o combate ao assédio em todo o estado. “Quando a gente faz isso em conjunto, com a união dos órgãos públicos, a iniciativa ganha mais força. Esse é um assunto delicado. É um assunto que nem todos querem abordar. Precisamos conversar sobre o tema e combater o assédio”, defende.
O juiz João Paulo Martins fez questão de destacar a importância de iniciativas de combate ao assédio no ambiente de trabalho, parabenizando o empenho coletivo das instituições em prol do bem-estar dos trabalhadores. “É importante essa junção de forças entre as instituições. O assédio é um problema constante em nossa sociedade. O assunto tem sido cada vez mais discutido, mas precisamos avançar ainda mais”, pondera.
O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT), Rafael Gazzaneo, alerta que o assédio moral e sexual têm impactos diretos na qualidade de vida das pessoas. Ele acredita que o combate a esse tipo de prática envolve conscientização e diálogo. “O grande objetivo dessa campanha é conscientizar as pessoas, os administradores públicos e privados, alertando que o assunto é sério e merece ser tratado com muito cuidado. O assédio moral e sexual pode ter consequências graves na vida das pessoas”, afirma.
Assédio
Assédio moral e sexual são uma realidade na vida de trabalhadores em todo o mundo. De acordo com pesquisa feita pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), 17,9% dos entrevistados afirmaram ter sido vítimas de violência psicológica no ambiente profissional. Sobre o assédio sexual, 6,3% dos entrevistados relataram ter sofrido esse tipo de violência, com destaque para as mulheres, que figuram como as principais vítimas.
Assessoria MPAL
