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Maceió, 10 de fevereiro de 2025

A voz Fm - 87,9

Serial killer de Maceió é denunciado pela morte de mais uma vítima

Foto: Reprodução

Mais uma vítima, mesmo modus operandi respaldado pela frieza com a qual era habituado a executar jovens elencadas em sua lista. Albino Santos de Lima, que recebeu a alcunha de “Serial Killer” pela sequência de homicídios praticados, no bairro do Vergel do Lago, em Maceió, agora é também denunciado por feminicídio pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL), via 47ª Promotoria de Justiça da Capital, acusado de matar a mulher transgênero Louise Gbyson Vieira de Melo. O crime ocorreu no dia 11 de dezembro de 2023. Em janeiro deste ano foram ofertadas três denúncias, sendo uma pelo homicídio de Tamara Vanessa dos Santos, e duas por tentativa de homicídio de um casal amigo dela.

A denúncia por crime de feminicídio por motivo torpe, com o réu agindo com emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima foi oferecida em conformidade com a Recomendação 128 do Conselho Nacional de Justiça que, em seu entendimento, afirma que nesses casos (sendo o assassino homem e a vítima mulher) deve o julgamento ser protocolado por perspectiva de gênero. E aplicando, também, o artigo 5º da Lei Maria da Penha que é claro ao dizer “que a violência doméstica e familiar contra a mulher é entendida como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”, e não no sexo biológico.

Na descrição do fato criminoso, o promotor de Justiça Antônio Vilas Boas ressalta que o réu possuía o sentimento de agir com justiçamento ao escolher suas vítimas, sempre mulheres, por repulsa ao sexo feminino, razão pela qual pesquisava por meses os perfis nas redes sociais, calculava minunciosamente o crime, separando fotografias, depois perseguia cada uma e executava . O que não foi diferente com Louise Gbyson Vieira de Melo. Albino Santos de Lima tinha inclusive uma identificação para elas “odiadas do Instagram” ou “mortes especiais” circulando no calendário a data do fato. Já para as demais, que pensava em colocar na lista criminosa, tinha uma pasta exclusiva nomeada com a palavra “investigar”.

“As evidências estão mais do que comprovadas, oficial e tecnicamente, por maio do laudo pericial. A arma do crime foi a mesma utilizada pelo réu contra outras jovens na mesma região. Não há quaisquer dúvidas sobre mais uma violência por ele cometida, com fim morte, de que estamos diante de um homicídio qualificado , de mais um crime hediondo e ele deve ir à juri popular e responder pelos seus atos”, afirma o promotor Vilas Boas.

As apurações chegaram à descobertas estarrecedoras, entre elas que o assassino tinha em seu aparelho celular pastas com os nomes das vítimas escolhidas e mortas, onde armazenava matérias jornalísticas noticiando as barbáries por ele cometidas. Como se não bastasse, ainda fazia autorretratos, conhecidas “selfies”, nos locais onde eram sepultadas.

Ascom MPAL
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