A abertura do Salão de Arte Contemporânea de Alagoas, SACA, será realizada na próxima sexta-feira, 1º de julho, às 20h, na Galeria de Artes do Complexo Cultural Teatro Deodoro. A 6ª edição do projeto comemora o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e faz uma homenagem ao artista Dydha Lyra. A mostra fica em cartaz até o dia 30 de julho e a entrada é gratuita. Mais de 40 obras vão ocupar os dois pisos da Galeria. O público poderá ver diversas linguagens das artes visuais: desenho, fotografia de arte, escultura, grafite, instalação, designer e pintura. O Salão vai traçar uma radiografia do que é a arte contemporânea alagoana. O público terá acesso a manifestações artísticas com inspirações no folclore, na música, no cinema e no teatro.
“O SACA é um parceiro de longa data; tão longa que está conosco desde a inauguração do prédio. Somos movidos pela arte, por isso, ter uma exposição tão plural como essa representa um deleite para nós e para o público, que, com certeza ,vai ficar encantado com todas as obras. O Salão é uma celebração à arte contemporânea”, destaca Sheila Maluf, diretora-presidente da Diteal.
A curadoria geral do evento é do produtor e artista cultural Fredy Correia. Ele assina o projeto com a artista visual Ana Cahú. Além da exposição, o SACA vai promover duas palestras – uma sobre dança e outra sobre artes visuais – abordando a importância do movimento modernista no Brasil e seu legado para a arte alagoana. Também estão programadas ações formativas, como oficinas sobre papel machê, pintura e coco de roda.
“O Salão é o mais importante das artes visuais no estado e vem como um respiro depois de todo esse processo sem eventos culturais desse segmento. Esse ano, o Salão comemora o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, o ponto alto do movimento modernista brasileiro. A Semana é considerada um dos maiores eventos das artes plásticas no Brasil. Ela provocou uma ruptura nacional em diversas frentes. Por isso, estamos comemorando o seu centenário”, ressalta Fredy Correia.
Na mostra, será retratado o legado do Modernismo em Alagoas e as contribuições para a arte brasileira em geral. O curador ainda explica que a maior contribuição do movimento foi a abertura para diferentes vertentes artísticas e o reconhecimento do trabalho desenvolvido por mulheres e negros. “Toda essa democratização foi possível a partir desse rompimento com o ‘academicismo’ vigente e toda a formalidade européia que nós sempre copiávamos, como se antes não tivéssemos essa identidade brasileira que vem da musicalidade, da herança negra, indígena; que é a nossa formação cultural. Agora podemos ver a arte sendo produzida e consumida em todos os cantos de forma democrática, dentro e fora dos grandes salões”.
Diferente das edições anteriores, este ano não houve a possibilidade de se fazer um edital para a participação dos artistas, já que a exposição foi adiantada. “Convidamos os artistas. Isso nos permitiu fazer esse trabalho de garimpo, descobrir artistas novos de primeira exposição, mas com um trabalho muito bom e que chamou a nossa atenção, assim como artistas de 50 ou 60 anos de arte, todos juntos”, explica Fredy.
Todos os anos, o evento homenageia um artista. O escolhido da edição de 2022 é Dydha Lyra, de São José da Laje, pela sua contribuição no canto, na poesia e nas artes visuais. Serão expostos alguns de seus trabalhos e um pouco da sua trajetória será contada no Salão.
“É sempre muito bom receber esse reconhecimento do SACA, porque são anos e anos dedicados às artes. Pessoas já passaram pela minha orientação, tornaram-se profissionais e é uma sensação muito boa. Eu espero que o grande público compareça e prestigie. Eu gostaria de agradecer a todos pelo reconhecimento público da minha arte”, comemora Lyra.
O Salão também vai entregar, no próximo dia 15 de julho, o Prêmio Fernando Lopes de Arte. Ao todo, serão entregues seis prêmios para diversas personalidades que têm relevância no cenário cultural alagoano.
“Com muita satisfação a DITEAL recebe mais uma edição do SACA, uma realização do produtor, curador e artista Fredy Correia, que conta com a parceria de Ana Cahú na curadoria, o que é garantia de uma exposição diversificada e de extrema qualidade, prestigiando uma vasta gama de artistas visuais alagoanos de estilos e técnicas variadas, e de diversas gerações, oportunizando para a população e aos turistas uma rica inserção no mundo das artes local, numa das mais importantes exposições coletivas que já faz parte da grade artística e cultural de Alagoas. Um momento importante para reconhecer e prestigiar nossa identidade criativa. Durante a permanência do SACA, também acontecerão várias ações paralelas prestigiando outros segmentos da produção local, ou seja, uma iniciativa que merece toda nossa atenção e participação, sem dúvidas, mais um grande momento de ocupação da Galeria de Artes Visuais do Teatro Deodoro”, destaca Alexandre Holanda, gerente artístico-cultural da Diteal.
Agência Alagoas