A presidente do Peru, Dina Boluarte, declarou estado de emergência nesta terça-feira “nas áreas de alto conflito social”, onde acontecem com maior força as manifestações em que morreram duas pessoas e é pedida sua renúncia, além da antecipação das eleições.
“Anuncio a declaração de estado de emergência nas áreas de alto conflito social. Comunico que dei as instruções para que seja recuperado pacificamente o controle da ordem interna, sem afetar os direitos fundamentais da população”, disse a chefe de governo, em pronunciamento feito pouco depois da meia-noite.
Boluarte não deu detalhes sobre as regiões que serão afetadas pela medida.
Ontem, dois manifestantes morreram na cidade de Andahuaylas, na província de Apurimac, no sul dos Andes peruanos. As vítimas participavam de um protesto pela antecipação das eleições e pela renúncia de Boluarte.
O primeiro morto foi um adolescente de 15 anos, identificado com as iniciais D.A.Q., e o segundo foi identificado como Becam Romario Quispe Garfias, de 18 anos.
Neste domingo, o aeroporto de Andahuaylas, inclusive, chegou a sr fechado, devido aos distúrbios nos arredores e por um incêndio provocado por manifestantes em suas instalações.
O Ministério dos Transportes e das Comunicações indicou que o terminal “vem sofrendo ataques e atos de vandalismo” desde a tarde de sábado, o que afetou a pista e equipamentos indispensáveis.
Além disso, “foram incendiadas a sala de transmissores, a sala de combustível”.
Cerca de 50 agentes da Polícia Nacional do Peru e do órgão de aeroportos do país estão deslocados nas instalações, informou o Ministério.
Além de Andahuaylas, outro protesto numeroso ocorre na cidade de Chala, na província d Arequipa, no sul peruano, onde mais de 2 mil pessoas bloquearam o tráfego na rodovia Panamericana Sul.
No centro de Lima, centenas de pessoas também protagonizaram confrontos nos arredores do Congresso.
Agência EFE
