Um comportamento muito comum visto nos últimos dias em postos de vacinação contra o coronavírus é o chamado “sommelier de vacina”, nome que faz referência aos profissionais especializados em produtos como queijos e vinhos. Esses usuários vêm peregrinando pelos postos em busca de doses da Janssen, a ponto de recusar a aplicação das doses de Coronavac, Oxford/Astrazeneca ou Pfizer/BioNTech, mais disponíveis no Brasil e que têm a fabricação autorizada no país. É uma atitude que vem sendo encarada com preocupação pelas autoridades e pelos médicos.
Esse atraso também pode provocar, a partir da continuidade de transmissão, a criação de novas variantes do coronavírus, com maior capacidade de contaminação e de deterioração do organismo. Foi o que aconteceu na Índia, na África do Sul e no estado do Amazonas, aqui no Brasil. Isso tem se somado às notícias falsas e campanhas de desinformação promovidas por simpatizantes do “movimento antivacina”, que questionam a eficácia dos imunizantes.
Para além das fake news, muitas pessoas têm alegado receio de efeitos colaterais, como dores de cabeça e no corpo, que vêm sendo reclamadas por pessoas que já tomaram a primeira dose da Astrazeneca.
O extremo disso já apareceu em Santa Catarina, onde alguns médicos estariam assinando atestados indicando a aplicação da vacina da Janssen. Isso levou o governo estadual e algumas prefeituras a fazerem campanhas de esclarecimento para reafirmar a segurança e a eficácia das quatro vacinas (Pfizer, Coronavac, Astrazeneca e Janssen) autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ascom GT e Algo Mais