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Maceió, 21 de abril de 2025

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Em luta contra alta inflação, Argentina renova controle de preços

Foto: EFE/Arquivo

O governo da Argentina renovou na ultima sexta-feira o programa “Preços Cuidados”, um mecanismo que busca, em um contexto de alta inflação, fornecer uma “referência” de preços para produtos considerados de consumo diário.

Esta nova fase, que vai até 7 de outubro, abrange um total de 949 produtos de diferentes setores e categorias, como os de limpeza, alimentos e bebidas frescas, de acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério da Economia.

Durante este período, a Secretaria de Comércio Interior pactuou com as câmaras empresariais um aumento médio trimestral de 9,3%, que será dividido em parcelas de 3,3% em julho, 3,2% em agosto e 2,5% em setembro.

De acordo com o comunicado, o governo nacional tenta chegar a um acordo com empresas de produtos lácteos sobre uma nova cesta com os produtos mais representativos e mais consumidos deste tipo, enquanto mantém as negociações com as fábricas de processamento de carne para a renovação do programa “Cortes Cuidados”, que inclui cortes populares de carne bovina a preços inferiores aos encontrados no mercado.

“Com esta renovação, o objetivo é reduzir a distância entre produtos pactuados e não pactuados para que o programa alcance seu objetivo de ser uma referência de preços para que os consumidores façam a melhor escolha possível ao fazer compras”, disse o Ministério da Economia.

O governo argentino também atualizou os preços de batata, cebola, tomate, alface e maçã nos supermercados da região metropolitana de Buenos Aires, que ficarão válidos até 7 de agosto.

A ministra da Economia, Silvina Batakis, que assumiu o cargo na última segunda-feira, se reuniu nesta sexta-feira com representantes de várias empresas de alimentos, bebidas e commodities a fim de “ouvir as preocupações do setor e planejar o trabalho conjunto”, de acordo com fontes oficiais.

INFLAÇÃO GALOPANTE

O programa “Preços Cuidados”, promovido pela primeira vez durante o período de Cristina Kirchner na presidência (2007-2015), foi relançado em janeiro de 2020, logo após a posse de Alberto Fernández como governante, e desde então está em vigor com agumas modificações.

No entanto, os acordos de preços por si só não conseguiram conter o aumento da inflação no país, que se acelerou desde março devido aos efeitos da guerra na Ucrânia.

De acordo com dados oficiais, a inflação da Argentina registrou um aumento de 60,7% em maio em relação ao mesmo mês no ano passado, o maior valor nas últimas três décadas.

Um dos segmentos que lidera este aumento é justamente o alimentício, que nos primeiros cinco meses do ano acumulou uma elevação de 33,7%, atingindo com especial força a população de menor renda. EFE

Agência EFE

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