
Os delegados Tacyane Ribeiro e Gilson Rêgo, integrantes de uma comissão que investiga os crimes praticados por Albino Santos, considerado o maior serial killer de Alagoas, informaram nesta terça-feira (25), durante entrevista coletiva, que já são 18 os homicídios atribuídos ao acusado. Além disso, mais seis tentativas de assassinato são investigadas.
O chefe especial do Instituto de Criminalística de Maceió, Charles Mariano, a chefe administrativa do Instituto de Criminalística de Maceió, Camila Valença, e a perita criminal do setor de balística, Suely Maurício, também participaram da coletiva.
A delegada Tacyane Ribeiro, coordenadora da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Capital, a descoberta de oito novos crimes faz parte da segunda fase das investigações que apuram as ações criminosas do serial killer.
Após o término da primeira fase, onde foi confirmada a participação de Albino em 10 assassinatos, ocorridos na parte baixa de Maceió, a delegada e o delegado Gilson Rêgo, indicados pelo delegado-geral Gustavo Xavier, para compor a comissão, passaram a apurar crimes registrados na região da Chã da Jaqueira, entre 2019 e 2020, época em que Albino residia próximo, mais precisamente no Jardim Petrópolis.
Isto ocorreu depois da apreensão do celular do serial killer, quando de sua prisão em setembro do ano passado. O aparelho foi enviado à Polícia Científica para análise.
O trabalho investigativo confirmou as suspeitas levantadas pela perícia no celular. E Albino acabou confessando ter matado Genilda Maria da Conceição, em 6 de fevereiro de 2019; Alysson Santos Silva (20 de outubro de 2019)); Marcelo Lopes dos Santos (29 de novembro de 2019); José Cícero Bernardo da Silva (8 de dezembro de 2019); Maria Vânia da Silva Nunes (23 de dezembro de 2019); João Santos Mateus (23 de dezembro de 2019); Antônio de Oliveira Melo Neto (17 de dezembro de 2020) e Maria Claudiana da Silva (17 de dezembro de 2020).
Além da confissão, exames balísticos realizados pela Polícia Científica nos projetis encontrados nos corpos das vítimas confirmaram que foram disparados pela mesma arma, um revólver, calibre 38. O acusado diz ter jogado a arma em um rio.
Os peritos conseguiram também recuperar arquivos de mídia do celular apreendido com o serial killer. Entre eles, havia dois diretórios específicos: um chamado ‘odiada Instagram’ e outro, ‘morte especiais’.
A Polícia Científica detalhou as análises tanto no campo de balística como no celular do acusado.
O serial killer, conforme as investigações, costumava fazer fotos nos túmulos de suas vítimas, enterradas em cemitérios públicos de Maceió. Pela data das fotos, a Polícia Civil acredita que os túmulos sejam de, pelo menos, duas das vítimas.
Com a descoberta dos novos crimes, Albino está entre os cinco maiores serial-killers do Brasil.