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Maceió, 19 de abril de 2025

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Com menos funcionários, produção de veículos segue estagnada no país

Nível de emprego nas montadoras chegou ao menor patamar dos últimos 11 anos
Agência Business

A produção de veículos no país iniciou o segundo semestre em queda de 16,5% em julho, na comparação com o resultado de julho de 2022, somando 183 mil veículos.

Segundo Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, a associação que representa as montadoras, o desempenho é reflexo das diferenças produtivas entre os dois momentos. Em julho do ano passado, segundo Leite, a indústria voltava a produzir mais depois de meses a fio sofrendo com a falta de semicondutores nas linhas de montagem.

Já em julho deste ano, um contraste: com os estoques altos, parte das montadoras de veículos leves tiveram de reduzir o ritmo de produção para desmobilizar as unidades em pátio.

O presidente da Anfavea não mencionou, mas entra também na conta a redução drástica que a produção de pesados teve no mês e, também, no primeiro semestre, por causa do Euro 6.

Ainda que a produção em julho tenha apresentado um comportamento de queda, o volume produzido no acumulado do ano segue em igual patamar na comparação com o janeiro-julho de 2022. Foram fabricados nos sete primeiros meses do ano 1,314 milhão de unidades, volume que representa levíssima alta de 0,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Nível de emprego no setor não preocupa

Diante da estagnação apresentada na produção, a expectativa das montadoras é de que o quadro melhore nos próximos meses considerando alguns fatores econômicos. O que mais empolga as empresas é a redução da taxa de juros realizada na última reunião do Copom, na primeira semana de agosto, que podem melhorar o ambiente nos financiamentos.

Anima também a retomada das vendas globais de veículos, que cresceram 7% no primeiro semestre do ano, com 86,4 milhões de unidades.

De qualquer forma, existem certos entraves no caminho das montadoras. As exportações seguem em queda com enfraquecimento da Argentina, e caíram as vagas de emprego no setor.

Os dados da Anfavea sobre o tema, apresentados na segunda-feira, 7, mostram que o nível de emprego é o menor dos últimos 11 anos, com um quadro de 99,6 mil trabalhadores.

O quadro menor, no entanto, não preocupa a Anfavea, que tem esperanças de que os investimentos futuros possam gerar novas vagas.

“Não preocupa. Tudo tem acontecido com velocidade importante. A reforma tributária foi aprovada aprovada. O que a gente percebe é que o Brasil volta a crescer e tem sido alvo de investimento. E eu não tenho dúvida que isso será revertido em novas vagas”, disse Leite.

Com a chegada de novas montadoras, como a Great Wall e a BYD, é possível que o nível de emprego volte a figurar na casa dos seis dígitos com as homologações esperadas em suas fábricas.

Por outro lado, há um número considerável de grupos de trabalhadores que estão com os contratos de trabalhos suspensos (lay-off). A volta às atividades depende da demanda.

Agência Automotive Business

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