
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, advertiu nesta no dia de ontem (26) que um ataque nuclear da Coreia do Norte contra os Estados Unidos ou seus aliados resultaria no fim do regime do líder norte-coreano, Kim Jong-un.
“Um ataque nuclear da Coreia do Norte contra os Estados Unidos ou seus aliados é inaceitável e resultará no fim de qualquer regime que perpetue tal ação”, disse Biden em uma entrevista coletiva na Casa Branca ao lado do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol.
Essa é uma das mensagens mais duras que Biden transmitiu sobre a Coreia do Norte desde que assumiu o poder em janeiro de 2021.
Biden e Yoon assinaram um acordo nesta quarta-feira para fortalecer a cooperação militar diante das ameaças da Coreia do Norte e permitir que um submarino americano com armas nucleares atraque na península coreana pela primeira vez em 40 anos.
O pacto, conhecido como Declaração de Washington, inclui a criação de um mecanismo de consulta bilateral que permitirá que a Coreia do Sul participe ativamente dos planos dos EUA para responder a qualquer incidente nuclear na região, incluindo um hipotético ataque norte-coreano.
O acordo, no entanto, não prevê a implantação de ogivas nucleares na península, conforme enfatizou Biden durante a coletiva.
Os Estados Unidos removeram as últimas ogivas nucleares que tinham na península coreana em 1991, quando as duas Coreias se comprometeram em uma declaração conjunta a não produzir ou implantar armas nucleares, um acordo que Pyongyang tem violado repetidamente.
Durante a Guerra Fria, na década de 1970, os submarinos nucleares dos EUA visitavam frequentemente os portos sul-coreanos, até duas ou três vezes por mês, mas pararam de fazê-lo na década seguinte, de acordo com a Federação de Cientistas Americanos.
Em termos gerais, o acordo busca tranquilizar Seul diante do avanço do programa nuclear da Coreia do Norte e após a turbulenta presidência de Donald Trump (2017-2021), que ameaçou retirar as tropas americanas da Coreia do Sul.
A Coreia do Norte rejeitou as ofertas dos EUA e da Coreia do Sul para retomar o diálogo e realizou um número recorde de testes de armas nos últimos dois anos, chegando a experimentar mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) que poderiam atingir cidades americanas.
Agência EFE