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Maceió, 20 de abril de 2025

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Total de mortos por terremotos na Turquia e na Síria passa de 6,3 mil

EFE/EPA/DENIZ TEKIN

Pelo menos 6.376 pessoas morreram e mais de 30.570 ficaram feridas na Turquia e na Síria devido aos dois terremotos devastadores ocorridos ontem, enquanto os esforços de resgate continuam nesta terça-feira com o temor de que ainda haja centenas ou milhares de pessoas presas sob os escombros.

Na Turquia, onde os sismos de 7,8 e 7,6 graus de magnitude tiveram o seu epicentro, a contagem oficial já fala em 4.544 mortos e 26.721 feridos, segundo o Afad, o serviço de emergência turco.

Diante desta catástrofe, o governo do presidente Recep Tayyip Erdogan declarou estado de emergência por três meses nas dez províncias afetadas.

Até agora, foram registrados 435 tremores secundários menos intensos nas áreas afetadas, onde mais de 60.000 pessoas trabalham em tarefas de resgate e remoção de destroços, em uma operação que conta com mais de uma centena de aviões e helicópteros mobilizados.

Além disso, os terremotos deixaram um total de 5.775 edifícios demolidos.

A Síria, em guerra

Na Síria, imersa em uma guerra civil há mais de uma década, as informações sobre as vítimas vêm, por um lado, do governo de Bashar al Assad e, por outro, do último enclave do país controlado pela oposição, cercado por forças do governo, apoiado pela Rússia.

A contagem total indica que neste país morreram 1.832 pessoas e outras 3.849 ficaram feridas.

Os Capacetes Brancos, um grupo de socorristas que opera nas áreas dominadas pela oposição, alertou nesta terça-feira que “o tempo está se esgotando” e lembrou que “centenas” de pessoas ainda estão presas.

“Cada segundo pode salvar uma vida, pedimos a todas as organizações humanitárias e organizações internacionais que forneçam apoio material e ajuda”, pediram os voluntários em sua conta no Twitter.

As baixas temperaturas e a neve na região, onde também existem territórios montanhosos de difícil acesso, complicam as tarefas de resgate.

Também chegaram à Síria dois aviões iraquianos, um iraniano, um argelino e um russo carregados com suprimentos para os afetados pelo terremoto, os primeiros carregamentos de ajuda internacional recebidos pelo governo sírio para lidar com o desastre, segundo relatou hoje a agência de notícias oficial síria “Sana”.

Mesmo antes dos terremotos, a Síria sofria sua pior crise humanitária desde a eclosão das revoltas contra Damasco em 2011 e o subsequente início da guerra, com 90% da população mergulhada na pobreza, escassez de produtos básicos e milhões de pessoas deslocadas.

Por sua parte, as autoridades turcas conseguiram realojar cerca de 380.000 pessoas em edifícios públicos e organizaram a transferência de feridos por via aérea e marítima para outras províncias.

O governo turco destinou 12,1 milhões de euros em fundos urgentes para as dez províncias mais afetadas. Segundo o Afad, a área afetada é de cerca de 110.000 quilômetros quadrados.

Erdogan garantiu ontem que estes sismos representam a maior calamidade sofrida pelo país desde o terremoto de 1939 em Erzincan, no leste da Turquia, que deixou mais de 32 mil mortos e provocou um tsunami no Mar Negro, localizado a cerca de 160 quilômetros do epicentro.

O chefe de Estado turco decretou ontem sete dias de luto nacional e as escolas das províncias afetadas ficarão fechadas por uma semana. Além disso, todas as competições esportivas foram suspensas até novo aviso.

Agência EFE

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